quinta-feira

Ausência





O passar do tempo apenas nos mostra nossa fragilidade, uma partícula de poeira que se desloca ao soprar dessa vida instantânea, apenas um pequeno ponto. O pior de tudo e ter que passar por aqui e amargurar-se, sofrer, ter atitudes que por muitas vezes irão nos incomodar e fazer você pensar que nada e ninguém interessam, ter que lidar com as diferenças e indiferenças de muitos sem que isso te traga o pior, quase impossível!


Muitas vezes paramos e vemos que muitos que aqui não estão ainda poderiam estar nos trazendo alegria e momentos felizes, essas se vão para um plano desconhecido deixando aquele sentimento pesado de que poderíamos ter feito mais, mas não é assim que funciona, voltar ao passado deve ser uma das vontades mais pensadas do homem, poder retornar e sentir um abraço, um afago, ver um sorriso, sentir o cheiro ou até mesmo parar para olhar o outro ali, sem fazer nada, apenas estar perto... Seria tão perfeito termos essa sensação de que o ruim foi apenas um sonho e que acordar era a única solução para voltar a melhor realidade.

Mas a realidade é doida, o tempo é um carrasco que nos chicoteia incessantemente, nos mostra uma cruel realidade das nossas vidas frágeis e nos traz a tona o que deixamos de fazer, o agir que falhou uma palavra de conforto que simplesmente deixamos de dar, instantes assim nos remetem até o aroma da tinta usada para pintar uma casa, a infância cheia de brincadeiras, correria, os ensinamentos que por mais chato que fossem hoje nos faz enxergar que todas aquelas palavras foram necessárias para o intelectual, para a vida! Só queria mais um momento, um colo, um abraço, mas tudo isso ficou para trás, agora é apenas caminhar com as lembranças e imaginar como será.

Suporte a caminhada e assim vá vivendo, ainda há tantos que te rodeiam, saiba escolher quem realmente pode caminhar ao seu lado, aprenda como ser e principalmente como não ser, aprimore suas atitudes observando as imperfeições dos outros, viva este sopro que ainda há em ti.

Dedico este texto e minha mãe.

Alexandre Veiga.

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